EVANGELINE por @carnedepescoco

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EVANGELINE - SEXICONTO* de ANA

Olhei para baixo: aos pés da escada estavam quinze moças, de todos os tipos e feições, todas belíssimas. Algumas me encaravam com descrença, outras com curiosidade, mas todas, sem exceção, estavam vestidas de forma exígua e luxuosa.
Desci as escadas com cuidado, enquanto Madame Elza se aproximava. Enfim, pegou-me pela mão, trazendo-me para o centro da grande sala.
- Menina, esta é Evangeline. Pediu-me uma oportunidade para trabalhar entre vocês, e gostaria de saber se ela realmente está pronta. Afora sua beleza estonteante, ela não tem experiência nenhuma.
Virando-se para o garçom, que de longe observava, extasiado aquelas mulheres, ordenou:
- Ruiz, champanhe.
Entre gritinhos e palavras adocicadas e macias, uma a uma, as beldades iam pegando suas taças para o brinde.
- Meninas, a festa começa agora.
Madame Elza afastou-se do centro da sala e sentou-se num dos sofás azul royal que compunham aquela luxuosa sala. A um leve sinal de Cora, as garotas se aproximaram, pegando-me pelas mãos, e levaram-me docemente em direção a uma chaise longue de brocado dourado, que ficava a poucos metros da poltrona de Madame Elza. Eu me rendia àqueles movimentos sem balbuciar sequer uma palavra. Quando me deitaram, Cora aproximou-se, dizendo:
- Que pele tão branca e suave você tem – pegando a taça, colocou um dos dedos na bebida, e lentamente deixou que o líquido escorresse para o meio de meus seios. O contato com a bebida me deixou imediatamente em estado de alerta, e como por encanto, o torpor da bebida desapareceu. Meu corpo arrepiou-se. Lentamente, ela tocou com os lábios o trajeto que a champanhe fizera. Fechei os olhos, extasiada. Me parece, que todas aquelas meninas aguardavam somente esse momento, para, de repente, iniciarem o ritual do champanhe sobre meu corpo. Meus sentidos estavam aguçados, e eu me abandonava aos movimentos de todas aquelas mãos, que agora percorriam meu corpo todo, deixando-me em tal estado de excitação, que um leve murmúrio escapou de meus lábios. Antes que eu me abandonasse totalmente, abri levemente os olhos, o suficiente para enxergar nos olhos de Madame Elza, um brilho de aprovação.
Eu estava iniciada.

* Trecho do livro da escritora Ana - @carnedepescoco, que descreve a iniciação de Evangeline (personagem e título do livro) na prostituição.